A
carga de energia no País deve crescer 4,5% em maio, em relação ao mesmo
mês do ano passado, segundo estimativas do Operador Nacional do Sistema
Elétrico (ONS) divulgada nesta sexta-feira, 26 de abril. A carga no
chamado Sistema Interligado Nacional (SIN) deve alcançar 66.744 MW
médios.
O operador salienta que o crescimento
previsto está influenciado pelos efeitos decorrentes da greve dos
caminhoneiros nas duas últimas semanas de maio de 2018, enquanto, do
ponto de vista de atividade econômica, as previsões de carga para o mês
seguem influenciadas pelas incertezas econômica e política atuais.
O subsistema Sudeste/Centro-Oeste,
principal centro de carga do País, deve registrar uma carga de 38.852 MW
médios, o que corresponde a uma alta de 4,1% frente ao anotado na mesma
etapa de 2018, enquanto no Sul a previsão é de 11.304 MW médios,
expansão de 5,3%. No Nordeste, o crescimento previsto é ainda maior, de
6,3%, para 11.169 MW médios. Já o Norte deve registrar um ritmo de
expansão menos intenso, de 2,6%, para 5.419 MW médios.
Hidrologia
Já as chuvas devem ficar acima da média
histórica de maio no Sul e Norte do País e perto desse patamar no
Sudeste. O volume de água que chegará aos reservatórios das usinas
ligadas ao subsistema Sudeste, considerado a caixa d’água do País, deve
ficará em 95% da média de longo termo (MLT) para o período, enquanto no
Sul o porcentual é de 103% e no Norte, de 102%. Já no Nordeste, a
Energia Natural Afluente (ENA) deve chegar a 55% da média para o
período.
O volume esperado será suficiente para
elevar em 17 pontos porcentuais (p.p.) o nível dos reservatórios do Sul,
em 4,1 p.p no Sudeste e em 3 p.p. no Norte. Já o nível dos
reservatórios do Nordeste permanecerá relativamente estável, passando
dos 57,3% registrados na quinta-feira para 57,8%.