A Energisa Mato Grosso do Sul foi
autorizada a aplicar aumento médio de tarifas de 12,39%, com efeito
médio de 12,16 % para os consumidores atendidos em alta tensão e de
12,48% em média para os clientes em baixa tensão. As novas tarifas
entrarão em vigor na próxima sexta-feira, 8 de abril.
Com o reajuste anual, a tarifa da
distribuidora vai passar de R$ 545,01/MWh para R$ 608,65/MWh. Entre os
itens com maior participação no índice está o custo de aquisição de
energia, que teve variação de 10,28% em relação ao ano anterior, com
impacto de 3,99% na tarifa. Os custos financeiros a serem pagos pelo
consumidor nos próximos 12 meses terão peso ainda mais significativo,
com 6,59%. Já os encargos setoriais tiveram redução de 1,43%, em
consequência da retirada gradual de subsídios a partir desse ano e da
quitação do empréstimo da Conta ACR, que deve ocorrer em setembro.
A presidente do Conselho de Consumidores
da Energisa MS, Rosimeire Cecília da Costa, pediu o diferimento de
parcela de 3,5% da tarifa, para que o índice não seja aplicado
integralmente esse ano. “Temos que olhar a capacidade econômica do
consumidor de energia elétrica”, disse Rosimeire durante a reunião
semanal da diretoria da Aneel desta terça-feira, 2 de abril.
O pedido não foi aceito pela Aneel, já que
não havia solicitação formal de parcelamento do reajuste pela
companhia. Pelas regras de reajuste, as empresas podem aplicar o valor
integral calculado pela agência reguladora ou receber apenas
parcialmente o índice, desde que por sua conta e risco. A distribuidora
da Energisa atende cerca de 1 milhão de unidades consumidoras em 74
municípios de Mato Grosso do Sul.