A EDP terminou o ano de 2019 com um
aumento de 2,3% no total de energia distribuída, chegando a 25.591.493
MWh. A empresa, que possui as distribuidoras EDP São Paulo e EDP
Espírito Santo divulgou na última segunda-feira, 22 de janeiro, seus
resultados operacionais. A classe rural foi a que apresentou maior
crescimento, com 15,5%. A classe residencial veio em seguida, com
aumento de 4,4%. A classe industrial foi a única que apresentou
resultado negativo, com recuo de 1%.
De acordo com a EDP, esse resultado
reflete o efeito positivo da recuperação da atividade do comércio
varejista, da estabilidade econômica que a inflação baixa propicia, do
clima e do maior número de dias médios faturados, apesar da contração da
produção do setor industrial. A migração de clientes do ambiente cativo
para o livre aumentou 23,9%, com 126 clientes na EDP SP e 76 clientes
na EDP ES.
Por distribuidora, a EDP São Paulo teve
aumento de 1,6% na distribuição, com a classe comercial registrando
crescimento de 5,56% e a residencial subindo 2,4%. A classe rural teve
queda de 2,8% e a industrial, de 1,2%. Na EDP Espírito Santo, o
crescimento na energia distribuída ficou em 3,5%, com a classe rural
subindo 17,4%, puxada pela recuperação da atividade agrícola e o menor
volume de chuvas, contribuindo para o aumento do consumo para irrigação.
A demanda da classe residencial cresceu 7,8%, a comercial 0,4% e a
indústria teve queda de 0,6%. O número de clientes aumentou 2,1%, saindo
de 3,45 milhões para 3,52 milhões. Na EDP São Paulo, o número de
unidades consumidoras cresceu 2,6%, enquanto na EDP Espírito Santo, 1,58
milhão, mostra um aumento de 1,5%.
Na geração, o volume de energia vendida
nas UHEs em 2019, considerando as empresas consolidadas, chegou a
aumento de 42,7%. Considerando os projetos não consolidados, o volume
foi elevando em 21,1%, impactado pela entrada integral da UHE São Manoel
em abril de 2018. No ano, o GSF médio no sistema foi de 80,91%,
refletindo em uma exposição de 1.221,8 GWh, ao PLD médio de R$ 227,1/MWh
(Submercado SE/CO). Na geração térmica, disponibilidade média da UTE
Pecém em 2019 foi de 95,2% e o volume de energia comercializada ficou em
14.100 GWh no ano, devido, em baixa de 221,%. A queda veio em virtude
do menor número de operações entre os agentes, refletindo o aumento do
risco de crédito associado aos eventos de default que marcaram o mercado
ao longo do ano, juntamente com a maior volatilidade de preços.