Energia mais cara: Centro-Oeste e Sudeste têm chuva abaixo da média em toda a última década

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Informação é do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos, órgão ligado ao Inpe. Entre 2011 e 2020, tarifas de energia tiveram aumento médio de 74,3%, aponta entidade do setor.

Contas de luz mais caras

Dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostram como a falta de chuvas afetou os reservatórios das hidrelétricas do Sudeste e do Centro-Oeste.

Entre 2011 e 2020, esses reservatórios registraram armazenamento médio de 54,13% ao final de abril, quando termina o período chuvoso nas duas regiões. Na década anterior, entre 2001 e 2010, essa média foi de 76,83%, mais de 20 pontos percentuais acima.

Se conseguiu atravessar a falta de chuvas da última década sem um novo racionamento de energia, o país viu a crise hídrica se refletir em um forte encarecimento das contas de luz. Isso aconteceu porque, para compensar a queda na produção das hidrelétricas, o país precisou acionar mais termelétricas, que geram energia mais cara.

No auge da crise, em 2014, o governo precisou fazer um empréstimo bancário bilionário para aliviar o peso da disparada no preço da energia sobre as contas de luz e que pago pelos brasileiros em 5 anos.

Além disso, os consumidores passaram a conviver com a bandeira tarifária, criada em 2015, e cuja função é justamente aplicar uma cobrança adicional às contas de luz para pagar pelo aumento do custo de produção de energia no país.Entre 2015 e 2019, os brasileiros pagaram R$ 35,42 bilhões a mais nas contas de luz devido à cobrança extra da bandeira tarifária.

Fonte: Globo.com

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