O consumo de energia elétrica no País alcançou 67.705 MW médios
em janeiro, segundo dados preliminares de medição, informou a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). O montante corresponde a um
crescimento de 6,5% ante igual período de 2018, ou de 4.116 MW médios.
De acordo com a CCEE, o principal motivo que levou ao forte
crescimento do consumo foi alta temperatura registrada neste início do ano,
ante temperaturas mais amenas em janeiro do ano passado.
No Ambiente de Contratação Regulado (ACR), no qual os
consumidores são atendidos pelas distribuidoras, a alta foi de 7,3% no consumo,
número que leva em conta na análise a migração de consumidores para o mercado
livre (ACL). Caso esse movimento dos agentes fosse desconsiderado, o consumo
seria 8,5% maior.
No Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual as empresas
compram energia diretamente dos fornecedores, o consumo cresceu 4,5% quando a
migração é incluída na análise. Sem a inclusão das novas cargas oriundas do
ACR, o consumo teria aumento de 1,4%.
Dentre os ramos da indústria avaliados pela CCEE, incluindo
dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, os
setores que apresentaram as maiores altas na demanda foram: bebidas (+9%),
transportes (+8,2%) e de serviços (+5,5%), quando a migração não é considerada
na análise. Por outro lado, dois setores apresentaram retração no consumo,
dentro do mesmo cenário sem migração: veículos (-2,9%) e têxtil (-1,8%).
Geração
A geração de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN)
totalizou 71.057 MW médios em janeiro, segundo dados preliminares contidos no
boletim InfoMercado Semanal Dinâmico, da CCEE. O volume corresponde a um
aumento de 7% ante os 66.421 MW médios apurados em igual período do ano
passado.
Apesar das chuvas abaixo da média histórica para o período, a
geração hidráulica cresceu 10,9% e totalizou 57.532 MW médios, enquanto as
usinas eólicas apresentaram aumento de 25,7%, para 5.858 MW médios. Já a
geração termelétrica caiu 26,2%, para 7.126 MW médios, devido principalmente à
redução da produção das usinas térmicas a carvão mineral (-57,1%) e
termelétricas a bicombustível (-55,1%), informou a CCEE. Destaque ainda para o
crescimento da geração solar, que mais que dobrou no período, para 541 MW
médios. O boletim também mostra uma redução da autoprodução em 11,3%, para
1.132 MW médios.
A CCEE apresentou ainda uma estimativa da produção das usinas
hidrelétricas integrantes do Mecanismo de Realocação de Energia (MRE), em
janeiro, equivalente a 162,2% de suas garantias físicas, ou 55.136 MW médios em
energia elétrica. Para fins de repactuação do risco hidrológico, o porcentual é
de 100,3%.