O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê crescimento
de 7% na demanda por energia elétrica ao Sistema Interligado Nacional (SIN),
neste mês, em comparação com fevereiro do ano passado. A expansão será de 5,3
pontos percentuais em relação ao crescimento de 1,7% relativo a
fevereiro do ano passado.
A informação foi dada à Agência Brasil pelo diretor-geral do
ONS, Luiz Eduardo Barata. Para ele, no entanto, não há motivo para preocupação,
porque o carnaval deste ano cai em março – no ano passado, foi em fevereiro.
“As pessoas logo pensam: ‘poxa, vai crescer tanto assim a carga? Então, aí
acende o sinal amarelo. Acontece que, em fevereiro do ano passado, nós tivemos
o carnaval, que este ano será em março.”
Barata explicou que, no período de carnaval, o consumo cai
bastante com a redução no ritmo de algumas atividades, principalmente na
indústria. “Então, o consumo de energia em fevereiro deste ano vai ser muito
maior do que no ano passado, uma vez que a semana do carnaval é de baixo
consumo, por ser de baixa produção no país.”
Temperatura
Lembrando as altas temperaturas verificadas em janeiro, que já
levaram à quebra de cinco recordes de demanda de carga de energia ao SIN nas
últimas três semanas, Eduardo Barata disse acreditar que a situação não deverá
se repetir agora em fevereiro. “Nossa expectativa é de que, obviamente,
vai haver crescimento de consumo, mas nada exagerado em relação às
demandas que tivemos em janeiro, até porque é possível que as temperaturas não
fiquem tão alta em fevereiro quanto estiveram no mês passado.”
Nas últimas três semanas, o país já bateu cinco recordes de
demanda de energia ao Sistema Interligado Nacional. O último foi batido no
dia 30 de janeiro, quando a demanda máxima do SIN chegou a 90.525 MW às
15h50. O recorde anterior, de 89.114 MW, foi batido no dia 23 de janeiro.
O Subsistema Sul também registrou recorde de carga por dois dias
consecutivos. No dia 29 de janeiro, foi registrado pico de 18.554 MW, às
14h28. No dia seguinte, um novo recorde: 18.883 MW, às 14h08. Anteriormente, o
recorde era de 17.971 MW, no dia 6 de fevereiro de 2014. Os recordes
se devem às altas temperaturas registradas no país.